Quando o café chegou ao Brasil?

QUANDO O CAFÉ CHEGOU AO BRASIL?

As primeiras mudas de café do Brasil foram plantadas em Belém do Pará, no ano de 1727, por Francisco de Melo Palheta. Seu cultivo expandiu-se pelo litoral brasileiro até chegar ao Rio de Janeiro em 1760. Porém, somente no século XIX o café se tornaria o principal produto de exportação nacional, sustentando o Império e, também, a República Velha. A expansão se deve ao interesse crescente pelo mercado europeu e norte americano.

Na época, a cafeicultura se beneficiou da vigente escravidão e foi cultivada no modo plantation: monocultura cultivada em grandes latifúndios para fins de exportação. O clima do solo nas províncias de São Paulo e Rio de Janeiro e a simplicidade do cultivo também contribuíram para a produção.

A crise do Haiti que, até o século XVIII, era o maior exportador de café do mundo estimulou o aumento da produção e a exportação nacional em maior regularidade. Também, o aumento de interesse externo, como os Estados Unidos e a Europa, exigiram modernização do processo para dar conta da demanda, uma vez que a produção nacional era carregada em lombo de mulas e colhida manualmente por escravos. Isso acarretou na construção de ferrovias, interligação entre as cidades produtoras e o fortalecimento do Porto de Santos.

A cultura do café permitiu que o Brasil expandisse e se colocasse no mercado internacional. Cidades surgiram pelas rotas do café e sua arrecadação consolidou a classe média. As grandes mansões dos cafeicultores evidenciavam o sucesso da produção.

No fim do século XIX, a cultura passou por uma crise decorrente de geadas que destruíram plantações. Passado o período obscuro, a produção se reorganizou e ganhou força novamente. Hoje somos o maior produtor mundial e o segundo em consumo.

Dia Nacional do Café

Comemoramos, no próximo dia 24 de maio, o Dia Nacional do Café. A data foi instituída em 2005 e simboliza o início da colheita na maior parte do país. Muito se é feito para que grãos vermelhos cheguem até sua xícara e, ao se considerar toda a importância para o estabelecimento da economia nacional e sua cultural presença nos últimos séculos, nada mais justo que o café tenha esse reconhecimento em nossa vida.

O dia a dia do brasileiro não é o mesmo sem a bebida, presente em todos os estabelecimentos comerciais e claro nas casas de todas as famílias, seja para iniciar o dia, depois do almoço ou a tarde, o café é o companheiro ideal em quase todas as nossas atividades.

O Café Fazenda Aliança também contribuiu para essa história e hoje é comercializado em todo o país. Se quiser saber mais sobre os nossos produtos, entre em nossa loja clicando no botão abaixo e saiba mais!

 


Café filtrado ou café expresso, qual o melhor?

Café filtrado ou café expresso, qual o melhor?

O amor por café é um só, mas o clássico querido pelos brasileiros pode se apresentar de diversas formas. Conheça agora um pouco mais sobre suas formas de preparo mais comuns e suas diferenças

Sem dúvidas o café coado é a forma mais popular no Brasil, sendo o escolhido de 93% dos consumidores da bebida, entretanto isso não é visto apenas aqui em terras tupiniquins: no Japão e em países escandinavos coar o café também é muito comum. Já o café expresso, de origem italiana, é o mais comum na Europa. O conceito de café expresso está ligado à palavra de origem italiana “spremere”, já que a principal característica desse preparo envolve "espremer" o café sobre uma pressão de água.

Apesar de ambos se tratarem do mesmo tipo de bebida, o famoso cafézinho, há significativas diferenças entre as formas de preparo, o que resulta em produtos finais com características muito diferentes.

Modo de preparo do café

A forma como as bebidas são preparadas é a diferença mais evidente e facilmente percebida entre elas. O café coado, assim como o próprio nome já diz, é feito utilizando-se um filtro de papel ou tecido para coar o pó acrescido de água. É a forma mais tradicional de preparo e também a mais simples, podendo ser feito manualmente ou utilizando-se apenas uma cafeteira simples.

O preparo do expresso necessita de uma máquina específica. O café moído é colocado em um filtro metálico, compactado e empurrado pela água em alta pressão, sendo essa sua principal característica.

Proporção de água e temperatura

A quantidade de água utilizada nas bebidas influencia muito em suas características finais. O expresso utiliza em seu preparo tradicional a proporção de 1g de café para 2g de água aquecida a 90º C associada a uma pressão de 9 bars. Servido em uma dose de 30ml, segundo padrão de qualidade internacional, o resultado é uma bebida concentrada, com muito conteúdo em uma extração pequena.

Tratando-se do café coado, a proporção é bem diferente. Nesse caso, é utilizado em média 1g de café para 12 a 16g de água aquecida entre 90 e 95º C, proporcionando uma bebida muito mais diluída e suave.

Características da bebida

Sabores mais básicos do café são percebidos em bebidas mais leves, diluídas, enquanto bebidas mais concentradas trazem características mais acentuadas e consistentes. O café coado, pela maior quantidade de água, caracteriza-se como uma bebida mais suave, com aroma típico e sabor agradável ao paladar que agrada facilmente a diferentes consumidores.

A máquina de expresso potencializa as características do café, de forma que o expresso é muito rico e complexo em sabor. Por conter menos água, é uma bebida muito mais concentrada, densa, com maior quantidade de sólidos e óleos essenciais do grão dissolvidos, proporcionando uma bebida intensa em todos seus atributos, como acidez, doçura, sabor e aroma. Além disso, costuma apresentar uma espuma que não dissolve mesmo quando mexido.

Quantidade de cafeína

Muitas vezes acredita-se que por o café expresso ser mais denso e intenso em sabor e corpo ele também possui maior taxa de cafeína, entretanto isso não é verdade. A quantidade de cafeína da bebida se relaciona, para além do tipo de grão e moagem escolhida, principalmente com o tempo que a água fica em contato com o café.

Geralmente o tempo do café ser coado gira em torno de 2 a 3 minutos, enquanto o preparo de um expresso leva de 20 a 30 segundos. Dessa forma, a cafeína é melhor extraída no café coado, o qual apresenta em média de 150 a 300 mg de cafeína por xícara, frente a uma dose típica de expresso que apresenta de 90 a 200mg de cafeína.

E no final das contas qual dos dois é o melhor? Coado ou expresso? Na realidade, a resposta correta é “nenhum”. Nesse caso não há superioridade entre as duas modalidades, mas sim uma variação de preferência segundo o gosto de cada um que aprecia a bebida.

Seja coado ou expresso, uma coisa é imprescindível para apreciar uma excelente bebida: a qualidade do café. Nossos cafés especiais possuem origem 100% arábica, com grãos selecionados, ideais para qualquer preparo e prontos para tornarem o seu cafezinho uma experiência inigualável.

 


Conheça a história do Brasil com o Café

Conheça a história do Brasil com o Café

Do ápice ao declínio e retorno à estabilidade, a relação íntima da cultura cafeeira com a história brasileira mostra o quanto essa bebida está muito mais presente em nossas vidas do que se pode imaginar.

Desde que o café chegou ao Brasil suas histórias se fundiram de forma indissociável. Uma vez tendo se tornado em dado momento o principal produto de exportação nacional o café perdurou permanentemente como destaque de produção e exportação nacional até os dias atuais. Falar sobre café é falar sobre a nossa história como brasileiros em passado, presente e futuro.

De onde vem o café

De tão querida que é essa bebida no nosso país muitos devem imaginar que o café é um fruto originalmente brasileiro, mas isso não é realidade. O café tem suas origens na África, mais especificamente nas planícies altas da Etiópia, e segundo lendas contadas foi descoberto por pastores que percebiam que suas cabras ficavam significativamente mais agitadas quando comiam esses frutos.

Saindo da África, o café passou a ser cultivado no mundo árabe, e é nesse momento que acredita-se que essa bebida recebeu seu nome. Derivado da palavra qahwa, que quer dizer vinho, o café foi assim nomeado em associação à coloração resultante de sua infusão.

Caminho até o Brasil

O consumo da bebida se difundiu na Europa, fazendo o mesmo, portanto, com o cultivo da planta que a originava, entretanto esse consumo ainda se mostrava muito singelo.

Por volta dos anos de 1700 mudas foram trazidas pelos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais ao Suriname, onde introduziram esse cultivo. De lá, o café passou a ser cultivado também na Guiana Francesa e, dela, chegou ao Brasil em 1727, em Belém do Pará.

Em pouco tempo as modestas plantações da região Norte se expandiram para o Sudeste e em 1760 o café chegou ao Rio de Janeiro. Com boas condições climáticas e solo propício, seu plantio e cultivo deu muito certo no chamado Vale do Paraíba, região que envolve os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e sudeste de Minas Gerais. Com o passar do tempo esse cultivo foi se expandido para o oeste paulista, onde encontraram a “terra roxa”, também excelente para a cafeicultura.

O Ouro verde

Em franca expansão, as fazendas de café tornavam-se cada vez maiores e mais produtivas. O Brasil viu no café a oportunidade de sustentar sua economia, dado que a exportação de produtos anteriormente importantes para a economia já não mais gerava amplo lucro e o ciclo do ouro já estava se esgotando. Houve um grande investimento na produção cafeeira e dentro de pouco tempo os cafezais se tornaram a atividade econômica mais importante do país.

A partir da segunda metade do século XVIII se inicia a revolução industrial e, com ela, o café passa a ser amplamente consumido, dado suas características estimulantes. Tendo como principais importadores Estados Unidos e Europa, o Brasil passa a movimentar importantes valores em exportação, o que elevou significativamente sua importância, tornando-se o maior exportador de café do mundo.

Quem gerava tanta riqueza

As fazendas cafeeiras funcionavam seguindo o sistema de Plantation, ou seja, tratavam-se de latifúndios monocultores que objetivavam a exportação do produto, utilizando para isso força de trabalho escrava.

Infelizmente a escravidão é uma marca lamentável de grande parte da história do nosso país e das riquezas geradas ou produzidas ao longo do tempo, entretanto o ciclo do café apresenta uma peculiar e importante relação com esse processo.

Inicialmente toda mão de obra utilizada era escrava, entretanto com a proibição do tráfico negreiro e, posteriormente, da escravidão no final do século XIX os cafeicultores se viram com uma ausência crônica de mão de obra para o trabalho.

Frente a isso, e atrelado a uma campanha eugenista de branqueamento populacional, o governo brasileiro estimulou a vinda de imigrantes para trabalharem de forma assalariada nas fazendas. Durante esse período tivemos uma massiva entrada de imigrantes no Brasil, principalmente italianos e alemães, os quais atualmente são parte importante na composição do “povo brasileiro”.

Destaque para o Sudeste

O ciclo do café e sua importante contribuição para a economia nacional transformou a região Sudeste no centro político e econômico do Brasil.

Os lucros obtidos com o café foram essenciais para modernização e desenvolvimento industrial e urbano, tornando a região Sudeste muito distinta das demais. Ferrovias foram construídas para escoar a produção cafeeira até o porto de Santos, diversas cidades surgiram no interior paulista e os lucros obtidos com o café foram essenciais para o processo de industrialização brasileira.

Com tantos benefícios a monocultura cafeeira cada vez mais expandia-se por parecer que finalmente os latifundiários haviam achado a sua “galinha dos ovos de ouro”, tendo alcançado o norte do Paraná e sul de Minas. A produção crescia tanto que nos anos iniciais do século XX o Brasil passou a produzir mais café do que o mercado poderia absorver o que é um grande problema. Para tentar amenizar a desvalorização do produto no exterior, o governo brasileiro estipulou diversas medidas protetivas em diferentes momentos, mas nada se mostrou realmente efetivo. O golpe derradeiro à supremacia do café veio com a crise de 1929, em que muitos cafeicultores faliram e grandes propriedades foram sendo divididas, dando origem a um novo ciclo.

Entretanto, mesmo com todas suas crises e problemas, o café permaneceu com expressão massiva dentre as exportações e fonte de lucro para o Brasil até a atualidade.

O café no Brasil nos dias de hoje

O Brasil ainda segue sendo o maior produtor de café no mundo, correspondendo a ⅓ de todo café produzido mundialmente. Segundo a Embrapa, no ano de 2020 a produção brasileira de café foi estimada em 61,62 milhões de sacas de 60kg, o que representa um aumento de 25% em relação à safra de 2019, sendo Minas Gerais o principal estado responsável por esses resultados. Tratando-se de valor bruto de produção, a estimativa para a lavoura brasileira em 2020 é de R$ 519,08 bilhões.

Mesmo depois de tanto tempo o café ainda configura-se entre as cinco principais culturas brasileiras em termos de arrecadação, ficando atrás apenas da soja, milho, cana-de-açúcar e algodão.

É notório que ainda na atualidade e por muito tempo as marcas e o legado da cafeicultura permanecem e permanecerão na história brasileira. Com isso, constatamos que ainda hoje falar de café é falar de Brasil e falar de Brasil é falar de café. Falando nisso, vai um cafezinho aí?

 


Os benefícios do café para a saúde

Os benefícios do café para a saúde

De vilão a mocinho, o café sempre foi alvo de questionamentos, mas atualmente já sabemos que ele pode sim ser muito benéfico à saúde. Entenda agora um pouco mais como.

Há muito se discute sobre o quão bom ou mau o café pode ser para a saúde daqueles que o ingerem com regularidade. É claro que quando tratamos de um consumo excessivo tudo pode oferecer riscos, mas diversos estudos apontam que aqueles consumidores habituais de café, cujo consumo não ultrapassa 400 mg de cafeína por dia, só tendem a se beneficiar desse hábito. Rico em antioxidantes e diversas substâncias biologicamente ativas, o café tem muito a acrescentar como impacto positivo na saúde de quem o consome.

Aumento da vigília, disposição e bem-estar

A cafeína é um importante estimulante do sistema nervoso central e, portanto, seus principais efeitos no organismo estão ligados a aumentar o estado de vigilância, melhorar a disposição e evitar a sensação de fadiga.

Poucos minutos após a ingestão de cafeína já é possível notar seus efeitos devido a sua rápida absorção e a curto prazo ocorre a redução do sono, mantendo a pessoa acordada. Isso acontece por gerar um bloqueio pela cafeína dos receptores de adenosina, o que impede os efeitos inibitórios gerados por esse neurotransmissor que é característico por ser tranquilizante.

A cafeína auxilia também na liberação de adrenalina, o que a torna ainda mais estimulante. Além disso, essa substância contribui para elevar o bem estar geral por estar correlacionada à modulação de dopamina.

Esses efeitos tipicamente obtidos após tomar um cafezinho geralmente duram de 3 a 6 horas, dependendo da velocidade de metabolismo de cada indivíduo, portanto é importante lembrar que tomar café durante a noite pode atrapalhar o sono, causando inclusive insônia.

Melhora no desempenho físico

A cafeína é tida como uma substância ergogênica segundo diversos estudos, ou seja, ela possui o potencial de proporcionar melhora em diversos aspectos em práticas esportivas. Dessa forma, ela apresenta mecanismos celulares que promovem efeito energético, aumento na liberação de adrenalina, maior quebra e mobilização de gordura, economia de reservas de glicogênio muscular e aumento da força de contração dos músculos, resultando em um aumento de rendimento físico. Também há uma ampla influência na redução da sensação de fadiga, dado todo potencial estimulante já citado.

A melhora de desempenho impulsionada pela cafeína foi mais significativa principalmente em exercícios de longa duração ou alta intensidade, não sendo muito percebida em exercícios com breve tempo de duração.

Estudos apontam que, após ingestão, a cafeína atinge máxima concentração no organismo em aproximadamente 40 minutos, ou seja, esse seria o tempo recomendado para ingerir café antes de praticar as atividades esportivas para se aproveitar o máximo dos benefícios citados.

Um ponto importante a ressaltar é que o consumo de café pode aumentar a diurese. Atividades físicas já são caracterizadas pela perda de água por meio do suor, portanto é importante atentar-se para a reposição de água e eletrólitos a fim de evitar uma possível desidratação.

Tratamento de dependência e depressão

O grão verde de café é rico em ácidos clorogênicos, compostos antioxidantes que durante a torra se transformam em quinídeos, os quais possuem um potente efeito antagonista de opióides. Nas células nervosas esses compostos ocupam os receptores opióides e com isso diminuem a necessidade exagerada de substâncias como a endorfina. Dessa forma, o resultado obtido é um bloqueio no desejo de auto gratificação e auxílio na modulação de dopamina, que promove a melhora do humor e sensação de bem-estar.

Esse mecanismo pode ser utilizado para auxiliar na prevenção de depressão ou como adjuvante no tratamento da própria depressão e de dependência química, uma vez que promove o bem estar e bloqueia a necessidade de auto gratificação que leva ao consumo de drogas.

Poder analgésico

A cafeína atualmente é amplamente utilizada como adjuvante em medicamentos analgésicos, como ibuprofeno e paracetamol, potencializando seus efeitos e reduzindo o tempo de ação. Isso se deve aos efeitos analgésico e vasoconstritor que a cafeína possui, sendo muito efetiva principalmente para combater a dor de cabeça. Essa substância também atua no bloqueio da rede transmissora de sinais dolorosos, auxiliando na função antiálgica.

Também é muito comum encontrar cafeína presente em medicamentos antigripais. Isso se deve ao seu poder estimulante cerebral, proporcionando maior disposição e melhora do estado geral.

Redução de mortalidade e prevenção de doenças

Devido às suas propriedades antioxidantes e antinflamatórias, o café tem se mostrado um excelente aliado na prevenção de doenças e, consequentemente, aumento na expectativa de vida.

Diversos estudos mostram uma tendência de redução de mortalidade entre consumidores habituais de café, sendo ela em torno de 10% menor para todas as causas e alcançando entre 12 e 20% de redução de mortalidade por doenças cardiovasculares. Também foi demonstrada uma redução de 20% de risco de AVC (acidente vascular cerebral) e um aumento de tolerância a exercícios entre pacientes com doenças coronárias crônicas com angina.

A respeito do diabetes mellitus, tem sido mostrada uma associação positiva, apresentando uma relação inversa entre o consumo de café e o desenvolvimento da doença, notando-se uma ainda maior redução no risco entre as mulheres.

O café, por ser um estimulante do sistema nervoso central, também se mostra benéfico ao cérebro, auxiliando em suas atividades intelectuais e estado de humor. Além disso, alguns estudos têm associado o consumo da bebida com significativa redução na incidência de Parkinson e alguns tipos de câncer, como de mama, fígado, próstata, cólon, reto e bexiga.

É importante salientar que todos os benefícios citados são garantidos apenas quando referentes ao café puro e de excelente qualidade, com grãos 100% selecionados, ausência de impurezas e torra adequada. Assim são os nossos cafés especiais, que apresentam todas essas características além de sabor e aroma extremamente agradáveis e ausência de amargor, o que torna a experiência de tomar um cafezinho ainda mais prazerosa e agora, sem dúvidas, saudável.

 

 


Conheça os diferentes tipos de grãos de café

Conheça os diferentes tipos de grãos de café

Quando se toma sempre um mesmo tipo de café e, de repente, se experimenta o de outro lugar, a diferença notada pode não ser questão de preparo. Há um considerável leque de espécies de café, cada qual com sua característica mais marcante.

As espécies mais recorrentes são Arábica (Coffea arábica) e Robusta (Coffea canephora). Duas outras espécies são pouco conhecidas, a Coffea liberica e a Coffea excelsa. Todas as espécies apresentam diversas variações que, assim, oferecem um prato cheio de diferentes sabores, acidez e aromas aos apreciadores de café.

Confira, a seguir, um poucos mais das espécies mencionadas:

  • Arábica

A espécie mais recorrente tem suas características aprimoradas quando plantado acima de 1000 metros do nível do mar. Originária da Etiópia, a arábica requer cuidados maiores em relação às outras espécies, pois é mais suscetível às condições adversas de cultivo. Em grandes altitudes, recebe chuvas e sombras adequadas para que tenha maior qualidade.

Apesar de serem mais propensas a doenças, como a ferrugem, os pés de arábica são fáceis de serem cuidados e podados. Seus grãos, em estado de excelência, possuem menos cafeína e mais açúcares, o que o torna ideal para misturas diversas (os blends) e cafés gourmet

  • Robusta

Ao contrário da arábica, o grão de robusta é mais versátil às condições adversas de cultivo e, por isso, é a segunda espécie mais plantada. Vinda da África ocidental, a robusta suporta climas instáveis e altitudes mais baixas, em cerca de 600 metros. Possui maior teor de cafeína e, por isso, é também mais resistente a doenças. Como conseqüência direta, seu sabor é mais forte e amargo.

Um grão bem cultivado tem sabor bem encorpado e denso, porém de leve textura e acidez. Ideal para a produção de café solúvel e, também, ser tomado com leite ou creme.

  • Libérica

O café libérica surgiu como paliativa solução para uma infestação de ferrugem que destruiu as plantações de arábica no final do século XIX. As Filipinas foram o país pioneiro e exclusivo no fornecimento durante este período. Ao declararem independência dos E.U.A., sofreram com cortes dos americanos e a espécie não pode mais ser cultivada da maneira adequada.

Seus grãos não seguem padrão de forma ou tamanho, com aroma frutado e amadeirado. É uma espécie rara, mas ainda é possível encontrá-la com algum esforço.

  • Excelsa

O café excelsa cresce em grandes árvores e têm semelhança com amendoeiras, cultivada no sudoeste da Ásia.

Apesar de representar minúscula parcela nas vendas mundiais de café, o excelsa é usado em misturas por suas características únicas. Seu grão possui notas frutadas de azedo e torra. Recentemente, tem sido classificada como uma espécie de libérica pela forma de cultivo.